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Programa abre portas para o primeiro emprego no Porto Ponta do Félix e identifica novos talentos em empresas

Thais Camargo
jan 16,2023

Entrar no mercado de trabalho nem sempre é tarefa fácil para os jovens. Sem a tão requisitada experiência profissional, os estudantes encontram dificuldades na hora de conseguir o primeiro emprego. 

Para Jeana Carla Trancoso, de 19 anos, não foi diferente, mas a jovem  foi atrás de oportunidades . Ela foi contratada pelo Porto Ponta do Félix, em Antonina, litoral do Paraná,  como Jovem Aprendiz. 

O programa permite aliar os estudos à formação profissional. Para Jeana, que finalizou o segundo período do curso  de Administração, um dos diferenciais é a possibilidade de colocar em prática o que aprende em sala de aula. “ Essa primeira experiência nos prepara para o mundo e para o novo, assim, sabemos que passando por essa fase tão importante estaremos prontos para o mercado de trabalho tão concorrido”, destaca Jeana.

Para ser aprendiz é preciso ter de 14 a 24 anos de idade, estar cursando ou já ter concluído o ensino fundamental ou médio e também frequentar o curso técnico conveniado com  a empresa. Diferente do estágio, o aprendiz é considerado um colaborador, com carteira assinada e os demais direitos trabalhistas oferecidos aos funcionários. 

Desde 2013, o  Porto Ponta do Félix, oferece vagas pelo programa. Hoje, 10 jovens aprendizes  fazem parte do time da empresa. Eles atuam nas mais diferentes áreas como Contabilidade, TI, Suporte Operacional, Meio Ambiente, Suprimentos e Secretaria,  auxiliando nas rotinas administrativas do setor em que estão lotados.

O presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan, lembra que o programa tem um importante papel social.  “É muito gratificante possibilitar o desenvolvimento de habilidades para a vida e o trabalho e evitar que os jovens se tornem estatística da violência. A educação é prioridade, para que eles se sintam preparados e encontrem espaço no mercado de trabalho”, afirma Birkhan.

O jovem pode trabalhar no máximo dois anos como aprendiz. No Porto Ponta do Félix, em muitos casos,  o programa se torna uma porta de entrada para a contratação efetiva. “ Pelo programa nós conseguimos  identificar novos talentos que podem ser absorvidos pela empresa”, destaca Birkhan.

Como é o caso do Mateus dos Santos Dias da Costa.  O rapaz de 22 anos concluiu, recentemente, o curso técnico em Segurança do Trabalho . “Quando entrei no Programa Jovem Aprendiz ainda estava no curso técnico. Desenvolver as atividades no setor de segurança do trabalho na empresa foi um divisor de águas. Pude ver na prática a mesclagem entre trabalho e estudo. Trabalhar o que se estuda é uma aula prática diária”, afirma Mateus.

Depois de um ano e meio como jovem aprendiz, foi contratado como Auxiliar de Segurança do Trabalho no Porto Ponta do Félix. “Ser efetivado é um reconhecimento e uma motivação para me esforçar mais”, conclui Mateus. 

Exemplo que serve de inspiração para outros jovens que estão no programa. “O programa abriu a primeira porta necessária para o meu futuro, uma base muito importante para um futuro próspero na minha carreira profissional. Não tenho dúvidas que essa experiência não só me traz uma contribuição profissional, mas também pessoal”, ressalta Jeana.

Porto Ponta do Félix

O Porto Ponta do Félix está localizado em Antonina, litoral do Paraná.

Entre os produtos movimentados, o porto trabalha com a exportação de alimentos, pellets de madeira e importação de vários insumos, como fertilizantes e cereais.

Em 2023, Porto seguirá sendo um grande gerador de empregos e renda na região. “Projetamos 2,5 milhões de toneladas de movimentação portuária, com uma capacidade estática partindo a 520 mil toneladas, ao longo do ano. As obras no porto estão a todo vapor”, relata Birkhan.

A operação conta com a gestão direta do line up de navios, o que permite a previsibilidade de atracação e, consequentemente, melhor planejamento de toda a cadeia logística do comércio exterior.

O armazenamento de cargas no Porto Ponta do Félix é em recinto alfandegado, permitindo a modalidade de entreposto aduaneiro. O regime traz maior flexibilidade em negociações comerciais e a geração de crédito rotativo imediato ao importador, já que seu recibo serve como garantia para desconto em até 80% do valor em bancos.

História – O Porto Ponta do Félix é uma empresa privada, concessionária do terminal portuário público multipropósito de Antonina – fundada em 1995.

A concessão se deu através de contrato de arrendamento outorgado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina – APPA.

Em 2000, foi inaugurado o cais de atracação e iniciou-se exportação de produtos refrigerados, produtos florestais e aço.

Em 2009, a FTSpar assumiu a gestão do Porto Ponta do Félix e iniciou uma nova fase nas diretrizes do contrato de arrendamento do Terminal Portuário, focado principalmente na conversão da vocação do terminal, antes predominantemente de carga refrigerada, para carga geral e granel.

Em 2019, o Porto de Antonina registrou o quinto maior crescimento entre 19 portos brasileiros.